quinta-feira, 19 de agosto de 2010

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Fernando de Lacerda - Médium Pioneiro



Se há médium que negue totalmente a suposta teoria de que "o estilo dos escritores piora bastante após a sua morte", citação tão do agrado dos ateístas e dos detractores da comunicabilidade dos Espíritos em geral, esse médium é Fernando de Lacerda.Fernando de Lacerda nasceu em Loures, Portugal, no ano de 1865. Como a mocidade positivista da sua geração, afastou-se progressivamente da fé, e tornou-se um incrédulo assumido. Não foi, pois, por excessos de imaginação, ou por influência de nenhuma filosofia, que aos 34 anos de idade começaram a brotar da sua pena escritos assinados por grandes vultos da literatura, e de estilo e qualidade condizentes. Alexandre Herculano, Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Victor Hugo, Júlio Dinis, João de Deus, são alguns dos Espíritos que se comunicaram pela psicografia de Fernando de Lacerda, que deram que falar nos jornais da época.
Fernando de Lacerda era chefe da Polícia, foi fundador dos Bombeiros Voluntários de Loures, e industrial por herança. Homem bom, sempre desejoso de servir o próximo e de apagar perante o mundo, o desejo de exposição pública em nada condizia com o seu carácter. Tão pouco as suas leituras, muito modestas, podem ter dado aso a que imitasse tão bem os estilos de escritores tão ilustres e tão diversos.
Não foram poucas as vezes em que Lacerda escrevia palavras cujo significado desconhecia e que depois submetia à apreciação de amigos como Sousa Couto, espírita, advogado ilustre, que lhas explicavam.
Do ponto de vista do conforto pessoal, Lacerda colheu da sua actividade de médium psicógrafo muito mais dissabores que satisfação. A série de livros intitulada "Do País da Luz", da qual não colheu quaisquer dividendos, foi uma obra de persistência na sua missão de médium espírita. Evidência vibrante da imortalidade da alma e da comunicabilidade dos Espíritos, "Do País da Luz" mereceu a atenção de nomes tão ilustres como o de Teófilo Braga, e Lacerda passou a ser motivo de longos debates em jornais.
Mesmo inimigos acessos da filosofia espírita, e do espiritualismo em geral, reconheciam que Lacerda escrevia coisas que ultrapassavam o âmbito dos seus conhecimentos. os autores que se comunicavam usavam a caligrafia que tinham quando encarnados, e, questionados sobre temas diversos, respondiam no momento, por vezes com acentuada divergência de opiniões.
Fernando de Lacerda nunca se furtou a exames sérios da sua faculdade mediúnica. Infelizmente, os seus opositores febris, pertencentes ao sector republicano e ateísta da sociedade portuguesa, não o pouparam à perseguição impiedosa e à calúnia mais vil.
Após a implantação da República, os ideais jacobinos tomaram as ruas, e hordas famintas de sangue executavam gente honesta à luz do dia, pelo "crime" de serem estes crentes em Deus.
Lacerda foi demitido do seu cargo enquanto se encontrava no Brasil, e por lá ficou, pois a sua vida em Portugal, nesse período, teria sido impossível. Foi em 1911, e valeu-lhe a solidariedade dos irmãos de Além-Mar, que o apoiaram na busca de trabalho (foi integrado na Polícia do Rio de Janeiro) e no retomar de uma vida digna. A obtenção de lucros com a venda dos seus livros estava fora de questão, obviamente, pois sendo espírita era fiel ao princípio do "dar de graça o que de graça se recebeu".
As saudades de Portugal pesavam, mas o acolhimento amoroso dos brasileiros muito confortava Fernando de Lacerda, cujos escritos psicográficos eram publicados em jornais brasileiros. As considerações dos Espíritos de Camilo Castelo Branco e Alexandre Herculano acerca do suicídio, mitigaram nessa época muitos desfechos trágicos.
A obra de Lacerda continua, hoje, a ser um grande preventivo do suicídio, e uma prova da imortalidade da alma. Desencarnou em 1918, o valoroso médium português.
A quem pretenda saber mais acerca da vida e obra deste nosso irmão de ideal, aconselhamos o livro "Fernando de Lacerda, o Médium Português", da autoria de Manuela Vasconcelos, de 1992, editado pela Comunhão Espírita Cristã de Lisboa.

Julinho - 11 anos de desencarnação


Mediunidade e Generosidade
Júlio Cezar Grandi Ribeiro, o Julinho, médium de psicografia, psicofonia, pictografia, de efeitos físicos e cura, desencarnou em Serra, região da Grande Vitória, no Estado do Espírito Santo, no dia 12 de agosto de 1999. Diabético, esteve internado por cerca de três meses no Hospital Metropolitano, onde ocorreu o passamento. O sepultamento de seu corpo deu-se no Cemitério Jardim da Paz, no bairro de Laranjeiras, onde acorreram grande número de confrades, alunos e pessoas simples a quem ele atendia com desvelo e carinho nas lides espíritas em Vila Velha, no Bairro do Ibes, Espírito Santo.
Julinho nasceu na cidade de Cachoeiro de Itapemirim no dia 12 de maio de 1935. Filho de Claudionor Ribeiro e Hercília Grandi Ribeiro, ainda encarnada. Formou-se ele em Engenharia e era Professor Universitário na Universidade de seu Estado natal.
De família católica, tomou conhecimento do Espiritismo no ano de 1952, aos 17 anos de idade, quando desabrocharam suas excelentes qualidades mediúnicas.
Prestou relevantes serviços à divulgação da Doutrina dos Espíritos tanto na Federação Espírita do Espírito Santo quanto na Casa Espírita Cristã. Atualmente militava no”Complexo Educacional Cristão - Instituto Allan Kardec”.
Deixou alguns livros psicografados tais como: “Isto vos Mando”, ”Irthes e Irthes”, “Jornada de Amor”, “Presença Jovem” e “Seara da Esperança” todos editados pela Pedis.
Recebia poemas de vários autores espirituais e consoladoras mensagens de Benfeitores Espirituais que também traziam jovens desencarnados para através do chamado correio fraterno, consolarem mães e pais aflitos.
Era comum ele e Maria de Lourdes Cordeiro Silva, a tia Lulu, psicografarem poemas em conjunto. Ele as estrofes pares, ela as estrofes ímpares e, ao final da psicografia, a poesia ficava completa sem solução de continuidade... Por várias vezes isso se deu e, eu própria fui testemunha de inúmeras...
Conta-nos ele próprio, no livro “de Amigos para Chico Xavier”, da Editora Didier o seguinte fato: recordo-me que estávamos em dias de festival de Caridade, promovido pela Comunhão Espírita Cristã, em Uberaba; os convites de Chico Xavier eram , para mim, ordens de serviço... estávamos nas homenagens ao Kardec brasileiro, Dr. Bezerra de Menezes. Muita gente, muito movimento. Todos queriam ser úteis, desejavam colaborar de alguma forma. Preparar sacolinhas, empilhar quilos de gêneros alimentícios para a distribuição, selecionar roupas e calçados por faixa etária, preparar sanduíches para os assistidos etc... A conversa ia muito animada entre os confrades quando Chico Xavier perguntou-me, de chofre:
“Julinho, você recebeu minha última correspondência? Foi colocada no correio, aqui, em Uberaba, no dia...”
Perfeitamente, Chico. E segui suas recomendações: ler e rasgar!
“Mas você não me respondeu, não é mesmo? Os assuntos eram urgentes e muitos sérios.”
Respondi, sim, Chico. Fiz tudo conforme o recomendado, há quase duas semanas... O que teria acontecido? Algum extravio?
Ah!... reticencioso falou Chico, preocupado com a idéia de extravio da carta, pelo conteúdo de que era portadora. Eu, também me vi intranquilo. Ficamos em silêncio por breves segundos, quando Chico esboçando um sorriso, trouxe alívio às minhas preocupações:
“Julinho, o nosso amigo, o espírito José Grosso vem em nosso socorro. Está dizendo que sua carta está há dias nos correios da cidade. Está a salvo... Por um descuido ficou caída detrás de um móvel, mas ele vai agilizar para que o funcionário a encontre e a faça chegar até aqui. Que bom, meu caro José Grosso!... Deus o abençoe por tanta bondade em seu coração!” E o Chico entrou a comentar sobre o espírito José Grosso, desde os seus primeiros contatos nas reuniões com o médium Peixotinho.”
Daí a pouco ele acrescentou:
“Nosso José Grosso está dizendo que se eu apanhar a correspondência da semana , amanhã, é quase certo que a carta esteja entre as demais.”
No dia seguinte, fomos eu e a médium Lulu - Maria de Lourdes Cordeiro Silva - para a residência de Chico Xavier; muito carinho, gentilezas...Chico serviu-nos biscoitos e, em dado momento, um jovem retorna da cidade com duas bolsas, de couro cru, abalrotadas de correspondência de todo o Brasil endereçadas à Caixa Postal 56 de Uberaba.
Uma montanha de cartas!
Diz-nos o Chico:
“O José Grosso está aqui, Julinho. Afirma que sua carta veio! E recomenda que eu a apanhe antes que os companheiros venham para me auxiliar .”
E sob os olhares curiosos, meu e da Lulu, o médium enfiou o braço direito naquela montanha de cartas sobre a mesa, retirando-o, em instantes, com a minha missiva em suas mãos!
“Eis sua carta, Julinho!”
Chico leu-a em silêncio. e teceu comentários sobre a Misericórdia de Jesus. Um perfume de rosas invadiu o ambiente, exalando dos braços e das mãos do abençoado médium. Era tão abundante, que daí a instantes pingava sobre a mesa e assoalho. Fizemos uma prece.
Todos os assuntos da carta foram solucionados a contento!...” assim termina o seu relato, Júlio Cezar Grandi Ribeiro, à Editora Didier na pessoa de Divaldo Mattos.

Nossas homenagens a esse amigo humilde e carinhoso, alma de escol que por certo, num curto espaço de tempo, passados os momentos iniciais do desencarne, estará a nos inspirar procedimentos generosos, conduta ilibada e comportamento cristão!

Carlos Bernardo Loureiro - 04 anos de desencarnação


A Desencarnação de Carlos Bernardo Loureiro

Por Cristiane Amaral

“Creio que, um dia os espíritas aceitarão como regra axiomática o princípio pelo qual dediquei minha vida – o direito de pesquisar!”(Carlos Bernardo Loureiro)

Na noite de 10 de agosto de 2006, às 20:20 h, no Hospital Espanhol em Salvador – BA, o coração de Carlos Bernardo Loureiro detém-se para sempre em consequência de complicações nos rins e fígado. Até aquela data ele havia realizado, juntamente com uma numerosa falange de Espíritos tarefeiros, abnegados, esclarecidos, uma tarefa gigantesca: a pesquisa que resultou na materialização do Espírito Noiva, relatado no seu livro “Outras Dimensões”, mais de 23 livros publicados e 13 a publicar. No início da década de 1970 tornou-se espírita, já por 40 anos dedicados às dores alheias, com o trabalho de desobsessão, aprendido nas lides espiritistas nas figuras de grandes espíritas como Aurelino Mota de Carvalho, Abel Mendonça e José Arapiraca, desenvolveu um método próprio com seus companheiros, os Espíritos. Com a técnica de desobsessão trabalhando com os chakras e meridianos, tendo 300 médiuns em uma sala mediúnica, no total de 600 pessoas com os assistidos, nunca ocorrendo nenhum problema. Treinou ao longo destes anos mais de 1.200 médiuns; visitava, praticamente, todos os hospitais desta cidade, sejam psiquiátricos ou não atendendo a todos que solicitavam a assistência espiritual; escreveu mais de 3.000 artigos para periódicos na Bahia, Brasil, América Latina e Portugal, tendo seu livro “Fenômenos Espíritas no Mundo Animal” traduzido para o italiano.
Aproximadamente 100 seminários a nível estadual e nacional como:
A Mulher Espírita e a Problemática Social – 20 a 22 de novembro de 1987. Auditório da Polícia Militar dos Barris (atrás da Biblioteca Central dos Barris).· Espiritismo e Criminologia – de 25 a 27 de março de 1988, no Auditório da Polícia Técnica da Bahia.· Curso de Ciência Espírita – 2 a 4 de dezembro de 1988 – no Auditório da Faculdade de Odontologia da UFBA – Canela.· Seminário sobre O Evangelho – Constituição Moral da Humanidade – 7 a 9 de abril de 1989, no TELMA – Saúde
Seminário sobre Espiritismo e Homeopatia – segundo semestre de 1988
1º Seminário sobre Relações Familiares – 2 a 4 de maio de 1989 – Saúde· 1º Semana do Livro Espírita – 17 a 26 de novembro de 1989 – Praça Piedade – Promoção do TELMA (em 10 a 15 de junho de 1991, houve a 3ª)· Seminário de Estudos Espíritas. A Pureza Doutrinária – Universalismo – Espiritismo – 25 a 27 de maio de 1990 – Casa de Emmanuel· Seminário de Educação Espírita – 26 a 28 de julho de 1991, com a presença de Ney Lobo (Paraná) – sede dos Correios e Telégrafos – Pituba
Seminário A Obsessão e seus Mistérios em 1996 – Auditório da Polícia Militar dos Barris
Seminário A Visão Espírita da Morte – 20 e 21 de julho de 1996 – Escola Técnica Federal da Bahia – Barbalho
Seminário Vida e Obra de Allan Kardec – 19 e 20 de outubro de 1996 – Escola Técnica Federal da Bahia – Barbalho
Seminário Ciência Espírita, Metapsíquica e Parapsicologia – 20 a 22 de dezembro de 1996 – Auditório Raul Chaves – Faculdade de Direito da UFBA – com salas subdivididas para trabalhos práticos dos Fenômenos Espíritas como levitação com Carlos Bernardo Loureiro, e telepatia, com Djalma Mota Argolo.
Seminário Mediunidade, Animismo e Mediunismo – início de 1997 (Lançamento do livro Jesus, O Mestre do Espírito)
Seminário A Mediunidade e os Fenômenos Espíritas – 29 e 30 de novembro de 1997 – Faculdade de Direito da UFBA – Auditório Raul Chaves. Com a presença de Jorge Rizzini (São Paulo)
Seminário Moisés, Jesus e Kardec – 24 e 25 de abril de 1999. Auditório da Faculdade de Direito da UFBA
Seminário O Espiritismo e a Cultura Brasileira – 03 a 05 de novembro de 2000 – no TELMA· Seminário A Família e a Cultura Brasileira – 03 a 05 de agosto de 2001 – no TELMA
Seminário: O Espiritismo Segundo o Espiritismo – 08 e 09 de novembro de 2002 – na Casa do Comércio
Seminário Espiritismo: Esse Desconhecido – 20 de dezembro de 2003 – no Othon
Seminário Educação, Família, Trabalho e Sociedade à luz do Espiritismo – 29 de maio de 2004
Seminário Allan Kardec: O Bom-Senso Encarnado, - 27 de novembro de 2004.
Seminário Encontro com a Cultura Espírita – 27 de novembro de 2005 no Centro de Convenções – Balcão Iemanjá
Seminário Perispírito: Natureza, Funções e Propriedade – 23 de julho de 2006, no TELMA (Sob minha coordenação)
Entre tantos seminários e congressos que fora convidado há o Congresso da FEEB, dia 01 a 03 de novembro de 1999, e o seminário “Perispírito e Saúde” promovido pela AME - Bahia (Associação de Medicina e Espiritismo da Bahia) em 12.06.1999, na Faculdade de Direito da UFBA; fundou o núcleo Espírita em Estocolmo na Suécia realizando palestra no auditório de Estudos Antropológicos da América Latina na Universidade de Estocolmo em 2004.
Vários programas em rádio e TV entre eles: Conversando sobre Espiritismo na Rádio Clube AM com a parceria da ABRAJEE na Bahia em 1989 sob a coordenação do espírita Joseval Carneiro por mais de 3 anos tendo a visita de eminentes confrades como Ney Lobo, Antonio Rosaspina (Milão – Itália), Dora Incontri (SP), José Serpa (DF), Jorge Rizzini (SP), Alamar Régis (PA); rádio FM Itaparica por 3 meses em 1999; no canal 4, SBT aos sábados por 11 meses entre 15/09/2005 a 05/08/2006, Encontro Com a Cultura Espírita.Nasceu na cidade de Salvador, Bahia, no dia 16 de abril de 1942. Filho do professor Antônio Loureiro de Souza e de Elza Cajazeira Loureiro de Souza (ambos falecidos). Teve dois filhos – Sandra Mª e Marcelo Adriano. É formado pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia – UFBA. Exerceu a advocacia por algum tempo, sendo contratado assessor jurídico da Federação das Indústrias do Estado da Bahia – FIEB, onde já trabalhava; participou de vários encontros jurídicos, destacando-se o que se realizou na Câmara dos Deputados, em Brasília, em dois períodos (1973/1974), quando da elaboração do Código de Direito do Trabalho, quando levou a efeito moção, constante dos Anais do Congresso Nacional, em homenagem ao pioneirismo de Allan Kardec na discussão e defesa dos direitos laborais em O Livro dos Espíritos, de 18 de abril 1857. Fundador do Teatro Espírita Leopoldo Machado em 28/03/1984 e o Instituto de Cultura Espírita da Bahia – ICEBA em 1993, contando, para tanto com a orientação do saudoso professor Deolindo Amorim. Representante da ABRAJEE (Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas) no Estado da Bahia onde participou entre tantos do VII Congresso Brasileiro de Jornalistas e Escritores Espíritas no Rio de Janeiro cuja diretoria provisória da ABRAJEE de 1976 a 1982 contava com o presidente, nosso confrade, profº Deolindo Amorim, tornando-se diretoria de transição e presidente de Honra na efetiva. Carlos Bernardo Loureiro fora congressista em 15/11/1979 na sessão preparatória sendo secretário da mesa, participando, assim, ativamente de todos os encontros da ABRAJEE após este congresso.
Defendera toda a sua reencarnação a pureza doutrinária do Espiritismo codificado pelo Mestre de Lyon, Allan Kardec, discípulo, defensor e ávido polemista do pensamento Kardequiano, jamais aceitando a doutrina ser colocada como religião. Lutando, em juízo, contra o casamento no centro espírita em 2005; nunca aceitou esta a tão pouco seminários e congressos que, ao invés, de defender temas espíritas afirmam como um Seminário aqui em Salvador patrocinado pela Federação Espírita da Bahia em 2004 apresentando ser o Espiritismo mais uma “religiãozinha” ou no Congresso Internacional Brasil – Portugal não se fazer homenagem ao pesquisador espírita e grande defensor da doutrina em Portugal, principalmente, depois da IIª Guerra Mundial, o confrade Isidoro Duarte dos Santos e seus periódicos como os Estudos Psíquicos que circulava por vários países na Europa e correspondentes e contribuidores no Brasil como Leopoldo Machado, Alfredo Miguel, Carlos Imbassahy, Deolindo Amorim e o próprio Carlos Bernardo Loureiro nos seus últimos anos de circulação.
O pesquisador estimado Carlos Bernardo Loureiro fora o único em sua geração que defendeu com dignidade os trabalhos dos grandes nomes da Doutrina Espírita como Leopoldo Machado, Deolindo Amorim, Isidoro Duarte dos Santos, Carlos Imbassahy, Cairbar Schutel, Humberto Mariotti, Natálio Ceccarini, Cosme Mariño, Manuel S. Porteiro, Léon Denis, grandes pesquisadores metapsiquistas e parapsicólogos (antes dos religiosos lançarem suas garras e destruírem-na): Gustave Geley, Charles Richet, Madame Curie, Ernesto Bozzano, Paul Gibier, Cesare Lombroso, Joseph B. Rhine; sem part pris a qualquer tipo de tendência contrária à Doutrina dos Espíritos. Ultimamente, pesquisava muito sobre os últimos estudos da Astrofísica e da Cosmologia. Não esquecendo que continuava suas pesquisas espiríticas no Grupo Ambroise Paré nas terças-feiras.
Sempre defendeu as origens reais da Doutrina na América Latina com a criação do 1º Centro Espírita na América Latina, o Grupo Familiar do Espiritismo em 17/09/1865 por Luiz Olímplio Teles de Menezes e 1º divulgador da Doutrina, também na América Latina com o lançamento, em julho de 1869, do jornal O ECO DE ALÉM-TÚMULO, o qual Carlos Bernardo Loureiro lançara o 1º periódico, divulgando em larga escala o trabalho deste grande espírita, principalmente, quando completara 120 anos da Imprensa Espírita Brasileira realizando um encontro nacional em 28 a 30/07/1989 no Auditório do Correio Central na Pituba – Salvador – BA. Criticando na ocasião de um Congresso Internacional do Espiritismo em 01 a 05/10/1987 com a presença de representantes de 20 países estrangeiros em Brasília, o qual não fez nenhuma homenagem aos 120 anos da Imprensa Espírita no Brasil. Alguns anos depois, em maio de 1995, Jon Aizpúrua, presidente da CEPA (Confederação Espírita Pan-Americana), envia uma carta (em anexo versão digitalizada da missiva) para o nosso querido Carlos Bernardo Loureiro solidarizando com a homenagem a Luis Olímpio Teles de Menezes e convidando-o para um Congresso Pan-Americano e logo após, sendo o nosso querido pesquisador eleito Delegado Representante do norte/nordeste da CEPA.
Em 1971, fundou o jornal IMPACTO (que o profº Deolindo Amorim e o profº Klörs Werneck chamavam de revista), que circulou por 12 anos consecutivos. Já em 18/04/1987 funda O SAMARITANO – órgão de divulgação do TELMA; Gazeta Espírita em 1991; Dimensões (jornal e revista) e fundou vários jornais espíritas na capital e no interior do Estado da Bahia.
Colaborou em vários jornais e revistas espíritas entre elas: Revista Internacional do Espiritismo – RIE – Matão – SP; “Presença Espírita” – Salvador; “Tribuna Espírita” – Belém – PA; “Mundo Espírita” – Curitiba – PR; “Roteiro Espírita” – MG; “Bahia Espírita” – Salvador – BA; “Oásis” – Vitória da Conquista – BA; “A Aliança” – SP; “O Seareiro” – Salvador – BA; “Jornal Espírita” – SP; “O Espírita” – Brasília; “Correio Fraterno do ABC” – SP; “Alavanca” – SP; “O Imortal” – RJ; “Jornal Eclético – O Nosso” – RJ; “Jornal Perseverança” – Araguaí – MG; “Correio Espírita Paulista” – SP; Abertura – “Jornal da Cultura Espírita” – Santos – SP; “Reformador” – SP; SEI – Boletim Semanal da ABRAJEE – RJ; “O Semeador” – RJ. Foi membro correspondente do Instituto de Cultura Espírita do Brasil, filiação ocorrida ao tempo da gestão do saudoso Deolindo Amorim.
Nunca se curvou a qualquer alternativa orientalista que viesse a deturpar a doutrina dos Espíritos, pois por si só são místicas e Carlos Bernardo sempre foi e é um pesquisador, defensor de fatos e não suposições.. Daí, estas tendências como auto-ajuda, auto-conhecimento que nunca ajudaram o homem no Oriente, tão pouco, na Índia que sofre tantas misérias morais, sociais, econômicas e históricas; ou idéias da pseudo-ciência, psicólogos e ramificações que apenas atolam o homem nos seus próprios arroubos sentimentais, não saindo das relações do plexo solar ao genésico. Muito menos, revelando o potencial ontológico e cósmico do Espírito que por circunstância nas vidas sucessivas encontra-se neste planeta ou em outro qualquer, desenvolvendo suas potencialidades, e não, meros cadáveres que terminam na estrada das ilusões: O túmulo (grifo por pertencer ao pesquisador metapsiquista, o psiquiatra Gustave Geley).
Carlos Bernardo Loureiro nunca se furtou de ajudar a qualquer que seja a pessoa, não estabelecendo nenhum privilégio em momento algum. Trabalhou nas estradas das dores alheias (palavras de um Espírito para ele) com muita dignidade, serenidade, respeito, pesquisa e um raciocínio claro e fecundo sem misticismo, e, uma rara ironia sutil que só os grandes idealistas e pesquisadores têm.
Combatido por muitos pela sua defesa extraordinária ao Espírito e seus princípios: Reencarnação, sobrevivência da alma e comunicabilidade entre os dois planos: corpóreo e incorpóreo. E amado por milhares entre eles: Os Espíritos, agradecidos por ter tido a oportunidade de serem trabalhados em seus conceitos de vida, da morte, do evolver do Espírito no seu potencial axiológico, ontológico, cósmico e seus anseios mais profundos entre eles a afirmação inquestionável da Lei Natural e do livre arbítrio que anuncia nossa superioridade imanente em vidas sucessivas. Além de argumentar a verdadeira face do psicólogo da alma: Jesus (grifo meu por pertencer a Carlos Bernardo Loureiro).
Todos os escritos são a desmistificação de idéias cristalizadas pelas religiões, pseudo-cientistas, incautos filósofos e tresloucados pseudo-conhecedores da alma humana e, até mesmo, pseudo-espíritas que se aproveitam dos desesperos humanos, criando a idéia de que a obsessão faz parte do passado. Como se esta sociedade que vivemos fosse um eterno paraíso onde se deleitam delícias de paz e tranqüilidade.
Carlos Bernardo Loureiro se classificava como o “último dos moicanos”; a única voz que brada no deserto em defesa da pureza doutrinária do Espiritismo. Era e é.
Neste momento, todos os triunfos em homenagem a este “cabra da peste” que amamos muito e que temos um pacto de gratidão imensurável para não dizer eterno. Já dissera Leopoldo Machado em comunicação rara por psicografia pelo próprio Carlos Bernardo em 21/07/1996 no final do seminário “A Visão Espírita da Morte”: “a Eternidade é o próprio Espírito!”. Então, é eterno o amor e a gratidão que sentimos por ele, principalmente, EU que aqui escrevo estas palavras.
Para atestar parte do grandioso trabalho de Carlos Bernardo Loureiro e os Espíritos a partir de 1998 iniciou a catalogação estatística da circulação de pessoas assistidas no TELMA. Daí, temos: 1998 – 65.407 1999 – 76.252 2000 – 62.610 2001 – 64.977 2002 – 62.731 2003 – 56.852 2004 – 62.600 2005 – 60.100 2006 até 6 de agosto – 37.574.
Durante 2000 até 2005 antes da mudança para a sede do Teatro realizou-se a estatística de freqüência na Livraria Bezerra de Menezes na Av. Sete, Ed. Itaípe, sala 105, 1º andar: 2000 – 3.840 2001 – 8.153 2002 – 6.272 2003 – 6.100 2004 – 4.100 2005 – 3.800.
A partir do dia 20/08/2006, sem criar nenhum tipo de disposição em contrário com os atuais dirigentes e não concordando com a s mudanças nos trabalhos de desobsessão para “Passe Light”, fundei em 22/08/2006 o INSTITUTO DE CULTURA ESPÍRITA CARLOS BERNARDO LOUREIRO, seguindo o meu livre arbítrio e as aulas memoráveis do meu querido professor, pesquisador e companheiro de ideal. Tudo que escrevo é, e sempre será, dedicado a ele e aos Espíritos que aqui trabalham.

Newton Boechat - 20 anos de desencarnação


Nasceu em Apiacá, cidade do interior do Espírito Santo, bem próximo à divisa com o estado do Rio de Janeiro, em 25 de julho de 1928.
* Filho de Clodomiro Lemgruber Boechat e Himbelsa Boechat. Seu nome completo era Newton Lemgruber Boechat.
* Recebeu as primeiras letras em sua terra natal. A partir de 10 anos de idade, foi estudar em Santo Antônio de Pádua, no estado do Rio, onde concluiu o curso secundário.
* Por volta dos 17 anos mudou-se para Belo Horizonte. Ali formou-se em línguas neolatinas, após 4 anos de Universidade.
*Diplomado, fez concurso público e foi admitido no antigo IAPETEC (hoje incorporado ao INSS), na cidade de Belo Horizonte.
* Por volta de 1956, solicitou transferência para o Rio de Janeiro, passando a trabalhar no setor de Benefícios, até aposentar-se.
* Nessa época, trabalhava também como tradutor juramentado, especialmente da língua francesa, que conhecia profundamente.
* Desencarnou no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, em 22 de agosto de 1990, quando se dirigia para a reunião cristã do lar da fiel amiga Josefa Derriba Vilas, mais conhecida entre os espíritas por Pepita.
* Foi profissional competente, sempre elogiado por seus superiores, valendo ressaltar que era conhecido como dos mais velozes datilógrafos da repartição. Guardava de memória leis, jurisprudência e casos específicos de beneficiários do INSS, cujos processos passavam por suas mãos. Sabia de cor os números dos processos e os despachos.
* Detalhe curioso: trabalhava exatamente numa autarquia responsável pela velhice, assistência e invalidez das criaturas. E exatamente no setor de benefícios...
* Seu corpo foi enterrado no cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Rio de Janeiro, no dia 23 de agosto, com a presença de numerosos parentes, amigos e admiradores, dentre os quais o presidente da Federação Espírita Brasileira, Juvanir Borges de Souza; Cláudia Bonmartin, representando a União Espírita Francesa e Francófona; Luciano dos Anjos Filho, representando o Grupo dos Oito; Pepita; Abelardo Idalgo Magalhães, a médium Esmeralda, o primo Norberto Boechat, a irmã Vírgula, Eduardo Guimarães, Elmo Queiroz e muitos outros. Luciano dos Anjos fez breve relato da vida e atividades do grande amigo. O ESPÍRITA* Desde garoto Newton Boechat viu-se envolvido em ambiente espírita. Seu avô paterno, Júlio Boechat, tinha fama de médium curador, na cidade de Santo Antônio de Pádua, sendo notáveis as reuniões mediúnicas que dirigia, com comunicações psicofônicas e doutrinação de espíritos.
* Já morando em Belo Horizonte, fez amizade com membros atuantes do movimento espírita, tais como César Burnier Pessoa de Mello (de quem se tornou grande amigo), Rubens Romanelli, Camillo Chaves e outros.
* Iniciou, então, visitas que se tornaram freqüentes à cidade de Pedro Leopoldo, quando conheceu Francisco Cândido Xavier e Rômulo Joviano, que era muito amigo do extraordinário médium.
* Passou nessa época a falar nas reuniões públicas do Centro Espírita Luiz Gonzaga, enquanto Chico Xavier recebia mensagens psicográficas.
* Na ocasião, César Burnier – também médium de muitos recursos – vaticinou que Newton Boechat seria conhecido em todo o Brasil e falaria na América do Sul e Europa. O vaticínio, como sabemos bem, de fato se cumpriu.
* Ainda em Belo Horizonte, durante o período de estudos (quando chegou a trabalhar em humilde emprego), fundou, com muita dificuldade financeira, um jornal, em parceria com Gustavo Pancrácio: A Luz do Mundo. Chegou a editar 7 números. Luciano dos Anjos tem alguns exemplares em seus arquivos, inclusive com anotações feitas à margem, de próprio punho, por Newton Boechat.
* A Luz do Mundo publicou uma importante entrevista feita por Newton Boechat com o famoso médium Pietro Ubaldi, na ocasião de sua visita a Belo Horizonte e Pedro Leopoldo, quando aconteceu o histórico encontro do médium italiano com Chico Xavier, presentes Newton Boechat, Rubens Romanelli, César Burnier, Clóvis Tavares e outros.
* Transferindo-se para o Rio de Janeiro, intensificou suas atividades espíritas, proferindo palestras e conferências em todo o Brasil e participando de inúmeras reuniões de estudo, públicas e privadas. Ocupou a tribuna em instituições do Paraguai, Uruguai, Argentina, Portugal, Espanha, Itália e França. Realizou cerca de 7.000 palestras públicas em todo o Brasil.
* De memória privilegiada, citava de cor capítulos inteiros das Sagradas Escrituras e trechos de obras reportadas.
* Não era um orador retumbante, mas um expositor didático que recorria a quadros retóricos de imagens muito nítidas, durante as quais desenvolvia lindas lições de caridade e profundo conhecimento doutrinário. Falava de improviso sobre qualquer assunto que lhe fosse suscitado. Suas preces eram de beleza transcendental.
* Entre suas palestras mais famosas podemos relacionar: “Prisões sem Grades” (a mais solicitada), “A Manifestação do Ser na Arte, na Dor e no Amor”, “Aspectos da Crucificação de Jesus” (baseada em dados de pesquisa fornecidos por Luciano dos Anjos), “Além da Fronteira de Cinzas”, “O Apóstolo Paulo perante Festo e Agripa”, “Rumo à Unidade do Espírito”, “Quatro Faixas de Consciência”, “Chico Xavier, 50 Anos-Luz de Mediunidade...”, “O Auto-de-fé de Barcelona”.
* Sócio da Federação Espírita Brasileira, adotava integralmente a linha doutrinária da Casa-Máter do Espiritismo, baseada no binômio Kardec-Roustaing. Conhecia profundamente a obra dos dois notáveis missionários franceses Kardec e Roustaing. Admirava com entusiasmo Pietro Ubaldi, que conhecera pessoalmente, e toda a sua obra, com exceção da última, intitulada Cristo. Fez diversas conferências baseadas em conceitos expostos pelo respeitado médium italiano. Apoiou com entusiasmo a Fundação Pietro Ubaldi.
* Organizou a partir de 1987 um ciclo de palestras quinzenais na residência de Cinira Novaes, em Copacabana, Rio, contando com a colaboração de inúmeros confrades ilustres, seus amigos pessoais, como Newton de Barros, Hermínio Miranda, César Burnier, Américo Borges, Luciano dos Anjos, Abelardo Idalgo Magalhães .
* Em 1970, foi orador oficial, junto com o notável tribuno Divaldo Pereira Franco, na inauguração da Seção-Brasília da Federação Espírita Brasileira, quando proferiu magnífica palestra inspirada pelo espírito Bittencourt Sampaio, segundo lhe revelou o próprio Divaldo, sentado à tribuna ao seu lado, e conforme está narrado em seu livro Ide e Pregai. Nessa ocasião Armando de Oliveira Assis era o presidente da FEB, existindo entre os dois sólida e sincera amizade.
* Publicou, pela Federação Espírita Brasileira, Ide e Pregai (1971), com prefácio de Luciano dos Anjos, e O Espinho da Insatisfação (1980), prefaciado por Francisco Thiesen; O Apóstolo Paulo perante Festo e Agripa (1974), pelo Centro Espírita Léon Denis; pelo Centro Espírita Casa de Caridade Aureliano, Do Átomo ao Arcanjo (1984), Na Madureza dos Tempos (1987) e Aquém e Além da Fronteira de Cinzas (1990), os três de parceria com Gilberto Perez Cardoso. É autor do prefácio do livro de Luciano dos Anjos, Deus é o Absurdo, lançado pela Editora Eco em 1978.
* Publicou ainda artigos de muita substância, no Reformador, órgão da Federação Espírita Brasileira, Casa-Máter do Espiritismo; no Obreiros do Bem, jornal da Associação Espírita Obreiros do Bem; no Jornal Espírita e Folha Espírita, ambos de São Paulo; e em alguns outros veículos doutrinários.
* Foi sempre intransigente defensor da obra do missionário francês Jean-Baptiste Roustaing, Os Quatro Evangelhos, cuja revelação – repetia com freqüência – tem tido há mais de cem anos o apoio dos maiores vultos do espiritismo. Seu nome aparece com destaque no livro de Luciano dos Anjos Os Adeptos de Roustaing, lançado no dia 22 de agosto de 1995, em Volta Redonda, data propositalmente escolhida em homenagem ao nascimento de Newton Boechat. Naquele livro estão relacionados, alfabeticamente, os mais expressivos espíritos, espíritas e médiuns que se posicionaram a favor da obra de Roustaing.
* Juntamente com Luciano dos Anjos e Abelardo Idalgo Magalhães, foi um dos fundadores do Grupo dos Oito, único grupo de que participou regularmente em toda a sua vida de espírita. Organizado nos moldes do entendimento doutrinário de Luciano dos Anjos, o grupo se reúne até hoje às quintas-feiras, a partir das 21 horas, na residência de Luciano dos Anjos Filho, na Tijuca. Anteriormente as reuniões eram na casa da advogada e professora Leda Pereira Rocha, no Sampaio, também no Rio de Janeiro.O HOMEM
* Solteiro, pode-se dizer que casou com a doutrina espírita, dela oferecendo autênticos e permanentes testemunhos de amor e caridade. Praticou incontáveis atos de ajuda ao próximo, quer em termos materiais, quer em termos espirituais. Socorria discretamente conhecidos e desconhecidos, dando presença assídua junto a enfermos. Aplicava passes sempre que solicitado.
* Jamais criticou com acidez quem quer que fosse, ainda que às vezes tenha sido ofendido ou até agredido moralmente. Preferia afastar-se simplesmente. Sempre que encontrava oportunidade, buscava justificar as faltas alheias. Suas mais íntimas mágoas e decepções ele as confessava ao confidente Luciano dos Anjos, em encontros de grande intimidade.
* Ao deitar-se, tinha por hábito orar longamente pelos amigos e pessoas necessitadas, especialmente pelos que não o compreendiam. Ao despertar, proferia nova prece no mesmo tom e com a mesma emoção.
* Honesto sob todos os pontos de vista, fiel a seus amigos, atento às questões de seus familiares, delicado diante até mesmo dos mais impertinentes, paciente com a incapacidade intelectual dos outros, humilde, sincero, Newton Boechat era, além de tudo, muito alegre e muito jovial. Gostava de cantar e fazia incríveis imitações. Luciano dos Anjos possui uma gravação raríssima, feita na década de 70, em sua casa, na Muda, no Rio de Janeiro e na qual Newton Boechat imita Francisco Alves, Carmem Miranda, Isaurinha Garcia e Francisco Cândido Xavier. São imitações impagáveis, notáveis. Quando ia passar noites em casa de Luciano dos Anjos, logo ao entrar pegava a filha do jornalista Ana Lúcia pelos braços e saía dançando, enquanto ele mesmo cantarolava. Depois lanchavam e ficavam conversando animadamente sobre questões de espiritismo e do movimento espírita, cujo desdobramento ele via com extrema preocupação, nos mesmos moldes da advertência contida no livro O Atalho, de Luciano dos Anjos, o qual ele endossava plenamente. Era, no mais, alegremente agitado. Adorava falar...
* Newton Boechat possuía interessante mediunidade, que se tornou mais ostensiva na década de 70, surgindo-lhe então a clarividência e a clariaudiência. Identificava com surpreendente precisão a presença de desencarnados, muitos deles citados nos livros acima citados, que produziu em parceria com Gilberto Perez Cardoso. Por seu intermédio tivemos alguns versos psicografados de autoria de Azevedo Cruz, Auta de Souza, Lobo da Costa, Cyro Costa e Augusto dos Anjos.
* São conhecidas de Newton Boechat as seguintes encarnações, das quais ele falou apenas a alguns poucos amigos íntimos:1. Príncipe Sargon. prisioneiro da rainha Hatasu, ao tempo do faraó Tutmés II, no Antigo Egito, personagem do livro Romance de Uma Rainha, de Rochester (18ª dinastia, séculos XIII/XIV a.C.) (Revelado pelo médium Francisco Cândido Chico Xavier.)
2. Sacerdote do Templo de Amon-Rá, ern Tebas, no Antigo Egito (11ª dinastia). (Revelado por seu mentor espiritual Jardel.)
3. Sadoque, descendente de Aarão, sumo sacerdote depois da morte de Saul e encarregado por David de ungir Salomão como rei (séc. X a.C.). (Revelado pelo médium César Burnier.)
4. Sacerdote do Templo de Jerusalém, à época de Jesus (séc. I) (Revelado por seu mentor Jardel.)
5. Patriarca ligado à seita gnóstica dos cátaros (séc. XIII). (Revelado no Grupo dos Oito.)
6. Pastor protestante na Noite de São Bartolomeu, em França, (séc. XVI). (Revelado por seu mentor Jardel.)
7. Pastor protestante em Belfast, Irlanda. (séc. XVlI). (Revelado por seu mentor Jardel.)
8. Abade Keravan, que celebrou o casamento de Danton, ao tempo da Revolução Francesa (séc. XVIII). (Revelado pelo médium César Burnier.)
(Texto de Luciano dos Anjos, datado de 26 de agosto de 1990, e que serviu de base para material publicado na imprensa em geral, a propósito da desencarnação do Newton Boechat.)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Não Haverá atividades no Grupo na Sexta


Prezados amigos

Em função do feriado de São Salvador, por motivos de segurança, não haverá atividades no grupo na Sexta.No sábado as atividades serão normais, mas não haverá o estudo do Livro dos Espíritos por motivo de viagem do coordenador.

Localize-se...

Lembranças...


Estude o Espiritismo pela Internet